Recados para Orkut


Powered By Blogger

Seguidores

ESPALHO POEMAS EM SEU CAMINHO COMO FLORES PARA OFERECER-LHE MAIS BELEZA

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

ADVENTO...


Senhor, de novo, espero o Teu nascimento
E, nesse tempo de advento,
Preparo o meu coração com esperança,
Embora triste volte ao passado,
Repositório  de belas lembranças,
Com a família toda reunida
E a troca de presentes...
Alegria explodindo em risos abertos 
E abraços tão  fraternos,
Sob o olhar firme, amoroso  e terno
De nossos pais saudosos e queridos...
Ah, tempo ingrato,
Que levou tudo como poeira
Soprada ao vento...
Hoje, de joelhos diante do Senhor,
Com o peito cheio de amor,
Suplico que eu também possa renascer
E, de novo, tornar-me criança!.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

SOLIDÃO


Lá se vai o barco
Singrando as águas
E levando meu coração,
Deixando a saudade...
Em mim esse destempero,
Esta triste desilusão...
Ah, vida, que me retalha
Deixando os pedaços pelo chão!...
Pelo chão da estrada
Que trilho com fé e sonhos,
Que se findam, às vezes,
No porto da solidão...

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

O POEMA DO NADA...


Os dias escorrem vazios
E em mim um repositório
De lembranças,
Saudades, dores e alegrias.
E ainda tem um silêncio
Que palavra alguma explica.
Talvez despalavras,
Desencantos e desilusões
E o Divino no fundo da alma...
Tudo se transformando em poesia
E até do mundo a escória,
O vômito e os destroços frios...

domingo, 7 de dezembro de 2014

INOCÊNCIA


Coração teimoso
Que teima no bem-querer
E vê o mundo formoso
Sem enxergar o veneno da serpente...
Ah, quantas dores poderias evitar
Se o mal conhecesses no despertar...
Mas, quem julga um coração inocente?!

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

VELHICE


Hoje, no declínio da vida,
Vivo em meio aos livros, músicas e versos
E a saudade companheira constante
Como os amigos, consolo reconfortante.
Trago dores que os homens não veem
Cicatrizes que escondo com sorrisos
Alegrias que compensam as rugas
E venenos que correm nas veias...
Muitas vezes, sinto falta de mim,
Pois meu corpo que sangra
Faz a alma voar distante
Buscando sentido para o universo sem fim...
E vivo a agonia de não saber
Se uma única gota de mim
Fez diferença nesse mundo ruim
Que aborta desvalidos 
E privilegia a ganância
Morro com uma certeza:
Almas sensíveis como a minha
São aberrações  da natureza,
Pois, no fundo da taça de celebração,
Encontram sempre o fel da maldade humana...

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

PRECE DA GRATIDÃO


Desperto com o cantar dos passarinhos
E grata por ainda viver...
Se me tiras, Senhor, aos poucos, a audição,
Me fazes crescer a escuta interior.
Se me tiras a visão,
Me dás a capacidade de ver melhor
O meu interior e teu Reino Maior...
Se , hoje, meu caminhar é lento,
Aprendi a ir, bem depressa, 
Ao coração do irmão.
Ainda posso bailar,
Ainda posso aprender, 
E, mais que nunca, posso amar
Com um amor que não conhecia
E que a vida me ensinou
Um amor sem questionamentos,
Sem invasão,
Sem cobrança,
Sem expectativas.
Amo porque sou!
Sou Tua filha e Tua criação!
Com um sorriso no rosto sereno,
Caminho, lentamente, em Tua direção!
Obrigada, Senhor, pela Vida,
Obrigada pelas bençãos e pelas dores,
Obrigada, Senhor, por me fazeres gente!

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

POETA-MENINA



Em mim a noite dorme,
As sementes germinam,
A terra lamenta.
Busco borboletas e flores
E minha'alma canta
Ansiando por serenatas,
Namorados no portão
E água pura da fonte!
Em mim o sol brilha,
As estrelas brincam
E o Infinito chama...
Como os rios
Também corro para o mar,
Pois ser gota é solitário
E o oceano vive em mim.
Sou poeta-menina
E sou chama ardente!
Sou sempre pássaro
Pronto pra voar!

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

DOENÇA DA ALMA!


Sofro de doenças incuráveis
Mal das lonjuras
E da dor da saudade
Ah, mal eterno de amor!
Sofro da doença da ternura
Compaixão das dores alheias
Sofro pelo mal da fome
Pelo mal das guerras
Pelo mal da terra...
Sofro por contemplar o mar
E pensar na incompreensão do infinito
Ah, eu sofro sim
E não conheço cura nem fim!

sábado, 15 de novembro de 2014

POEMA DA GRATIDÃO




Em ti, poeta,
Encontrei a pureza da criança
A luz da natureza pura,
As palavras e despalavras,
O caminho e os descaminhos,
O deslumbramento do banal
O encanto das noites quietas
A beleza de um milharal.
As pinturas de um muro qualquer
A meditação dos desvãos de um rio
E todo o encanto do mar
Tu foste mestre de tantos
E, mais que isso, mestre da vida,
Da simplicidade
E da felicidade.
Por isso e por tanto
És estrela na eternidade!

Em memória de Manoel de Barros, o grande poeta, que faleceu no Brasil, no dia 13/11/2014

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

GENTE


Sou pássaro e dia,
Sou musgo e semente,
Sou noite e silêncio,
Sou madrugadas frias
E a chuva benfazeja.
Sou raiz e frutos,
Sou florestas e magia.
Sou parte da Natureza
E do Criador.
Sou salmos e lamentos,
Sou dor e alegria.
Sou raiva e amor.
Sou verme e terra:
Sou gente!
Gente que sofre e labuta,
Gente que cria!

sábado, 1 de novembro de 2014

MEU CHORO



Choro,
E oro
Pelos sonhos perdidos
Pelos seres esquecidos
Por vidas sem sentido
Por deslumbramento
E alegria
Sim, eu choro
E por meus poros
A sensibilidade transpira
E a dor cochila
Enquanto a alegria transborda
O branco silencia
E o vermelho explode
O branco da paz
E o sangue da guerra
Sim, eu choro
E grito
E silencio
Em meu quarto frio
De paredes nuas
E coração em fogo...

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

PAZ


Naquele recanto silencioso
Onde a saudade não batia
A alma de mim fugia
Deixando o corpo vazio.
Ela viajar preferia
Por campos siderais
Aspirando de Deus o aconchego
Para, enfim, sossegar.

sábado, 11 de outubro de 2014

VIDA NO SÍTIO





A madrugada ainda cochilava
E os primeiros raios já brilhavam
A saracura cantava
E a natureza se espreguiçava.

A vida de novo se renovava
No burburinho dos homens
Uma nova chance se apresentava
E o cheiro do café e do pão de queijo 
por todo  canto se espalhava.

Os bichos todos despertavam
Formando a canção da natureza.
Os ruídos da casa arranhavam
E, de novo, tudo renascia.

A delícia do ar puro
O barulhinho da água
As primeiras conversas
E a ida pra capela
Onde São José esperava.

A revoada dos pássaros
E o canto do vento que assoviava
O catavento a energia produzia 
E a água do poço subia.

As flores se abriam
E o orvalho se desprendia
Com aquele cheirinho gostoso
De terra molhada.

Naquele espaço bucólico
Meu coração se exultava
Povoado de alegria.
Viver no sítio nos desperta 
Para a Beleza e a Harmonia

Para meu irmão, Eustáquio.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

A MENINADA E A CHUVA

alegria

Brincando na rua
A criançada se esbaldava
Com os pés na enxurrada
E o banho de chuva
Lavando a alma.
Os risos e gritos
Pela rua se espalhavam
E a benção da vida
Sobre elas se entornava.
As mães aflitas
Às portas gritavam:
"Meninos danados,
Pra casa agora
Não veem que a chuva
Pode ser perigosa?"
E a  feliz meninada
Pra casa entrava.
Tudo isso se dava
Na rua Sergipe,
Hoje, lugar nobre da cidade.
E isso é que era pura felicidade!...

sábado, 27 de setembro de 2014

O MAR

Era tão bom viver a beira-mar!
Ali a tristeza não tinha vez
Era só ela se aproximar
E eu parava a contemplar
Toda aquela grandeza.
Olhava os barcos, ao longe,
Ouvia o grito das gaivotas,
Via os jovens a surfar
E os garotos a dar cambalhotas
Na areia...
Meus olhos se enchiam
Com aquela beleza
E meu coração agradecido
Voltava-se para Deus em prece!

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

A RUA NUA





Nessa rua deserta, nua e vazia
Penso no meu tempo de agora:
E grita a minha verdade:
A infância e a mocidade
Sempre voltam
Encharcadas de saudade...
E meu silêncio branco
Tenta transmutar a realidade
Atroz e fria...

terça-feira, 23 de setembro de 2014

PRIMAVERA

Sinto um perfume
Que vem da terra
E vejo um rebuliço
De pássaros e insetos
A chuva apenas pingou
E o verde das plantas brotou.
As cores se espalham
Pelo jardim e pela cidade
É uma festa sem fim
E um ar de felicidade...
Ah, é o cio da terra:
A primavera chegou!

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

A MENINA NO BONDE

A menina no bonde
Lia feliz os anúncios
E em cada gravura
Viajava em sua imaginação.
Depois de tê-los lido,
Ia traçando mentalmente,
O caminho percorrido
E olhando para a mãe bonita
Aspirava-lhe o perfume do braço
Pensando que aquele era
O cheiro de toda mãe.
Descendo a rua da Bahia
Ela já sabia
Que a viagem terminava
Tocava, então, apressada
O cordão da sineta
Porque já o alcançava.
E pulava do bonde com a mãe
Para fazer compras e visitas.
Ah, infância dourada,
Perdida no tempo...
Hoje, desce e sobe a rua da Bahia
Buscando resquícios do passado
Que possam aquecer-lhe a alma...

PEDAÇOS DE MIM...


Rasguei-me inteira
E aportei longe de mim.
Os sonhos viraram cinzas
E minha alma vazia
Perdeu-se pelos caminhos...
Não sou eu mais quem vivo,
Mas pedaços de mim...

sábado, 20 de setembro de 2014

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A BRISA



A brisa sutil
E fortuita
Beijou-me a face,
Assanhou-me os cabelos
Sussurrou-me aos ouvidos.
Era um recado de amor
Que veio de longe
Muito longe...

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

EU VI!


Ah, eu vi,
Vi passarinhos cantando,
Moças bonitas a passear,
Bandos de grasnas grasnando
E bêbados tonteando
Pelas ruas e becos da loucura...
Eu vi,
Vi fontes jorrando,
Vi ipês na seca florescendo...
Vi homens sem graça
A beber cachaça
Para encher suas vidas vazias...
Vi jovens sonhadoras
A esperar um príncipe
Que do reino encantado
Jamais voltou.
Vi crianças brincando
E outras chorando...
Vi guerras tristes
A apodrecer os homens...
Vi estrelas luminosas
E serenatas em noites
de ventania...
Ah, eu vi!
Via a vida passando
E agarrei-a com ímpeto
E peguei carona em sua sela!

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

CAMINHADA


No longo caminho
encontrei flores e espinhos...
Tive tantos amores
e espalhei alegria...
Chorei lágrimas
pela dor do outro
e quis um mundo
mais bonito...
Hoje fito
o passado
e sei que fui feliz.
Recolho a felicidade,
vestida de saudade,
e  a espalho em meus versos!...

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

SONOS DE MULHER

Sonho com uma música 
que ninguém ainda compôs, 
com olhos que nunca me fitaram,
com lugares que nunca vi...
Sonho com sonhos
que nunca sonhei,
com estrelas
que ainda não nasceram,
com uma terra
que ainda está por vir...
Sonho com uma vida

que ainda não vivi,
com pássaros
que ainda não voaram,
com seres
que estão por nascer...
Sonho com uma liberdade

que ninguém jamais conheceu,
com uma poesia
que nunca ninguém escreveu...
Sonho com uma saudade
e uma agonia tamanhas
que jamais senti,
um poema que não escrevi,
palavras que não inventei...
Sonho com um amor

que não conheci,
com filhos que nunca pari,
com mares
pelos quais jamais naveguei
e céus por onde nunca voei;
alvoradas e crepúsculos
que jamais contemplei...
Ah, eu sonho!...
Sonho porque sou mulher
e nasci!...

domingo, 24 de agosto de 2014

CRIANÇA ESPERANÇA

Eu fui a esperança
no colo de meus pais...
Eu fui o sonho realizado,
a concretização do amor!
Eu fui aquela criança
que faltava no vazio
da angústia existencial
que povoa o ser humano...
Fui fonte de alegria
e de encontro profundo.
Eu fui a própria poesia
que plenificou suas vidas.
Não sei, porém, se agora,
sou o que eles esperavam...
Tanta esperança outrora
E, hoje, ainda uma promessa...
Mas, de uma coisa estou certa:
sou o amor encarnado...

domingo, 10 de agosto de 2014

DOÍDA SOLIDÃO

                        

                        Nas noites eternas
                        e tão breves
                        de nosso amor
                        explodia a verve
                        e todo nosso calor.
                        Hoje minha cama vazia
                        é tão fria
                        e a saudade e a solidão
                        acalantam o meu coração...
                        Ah, se pudesses voltar,
                        decerto eu inda ia te amar!
                        Iria com ímpeto te enlaçar
                        pra que, jamais, pudesses
                        de novo, me deixar...

domingo, 27 de julho de 2014

A CANÇÃO DO POETA


Não é poeta
quem não teve amores...
Ele é o cancioneiro
que canta os sonhos
e as utopias...
Faz da vida
e  dos dissabores
uma triste canção!
Despe seu coração
e os caminhos sofridos...
Ele escuta a natureza,
garimpando  os diamantes
que, nos remansos dos rios,
esconde sua beleza
e também sua alegria!


domingo, 13 de julho de 2014

TRISTEZA





Triste solidão
a abocanhar-me os dias...
Triste fel
a envenenar-me a alma...
Triste dor
a sangrar minha carne
e meu coração...
Triste agonia
roubando-me auroras...
Triste carência
a arder em meu corpo...
Triste poente
a trazer a noite...
Triste  carrossel do tempo
a tirar-me alegrias...
Triste saudade
a morder minh'alma...
Triste tristeza
a reclamar meus versos
e a vestir minha poesia!...



domingo, 6 de julho de 2014

AMOR ETERNO






Quando já não me vires sorrir.
quando, nunca mais, meus olhos
puderem descansar nos teus:
quando tua boca ardente
já não encontrar meus lábios...
Quando teu coração
já não puder achar alento
em meu peito...
Quando eu jazer na terra fria,
não chores, meu amor, não chores!
o que tenho dentro d'alma
não pode morrer
como morre a flor,
como morre o verme,
como morre o homem!
Quando também teu corpo
voltar à terra,
quando o planeta
tiver seu eixo deslocado,
quando, outra vez,
voltar a ser átomos soltos,
quando as estrelas vagarem,
sem rumo,
pelo etéreo,
e quando tudo,
num caos louco,
puser fim ao infinito
e voltar ao seio do Criador,
ainda te amarei!...

quinta-feira, 3 de julho de 2014

MONTES CLAROS

Ah, Montes Claros,
que saudade tenho de ti!...
A Montes Claros 
de minha mocidade,
Do colégio Tiradentes
no velho prédio...
Dos clubes volantes
de nossos amores...
De casas tão lindas,
hoje no chão
e do antigo apito
do trem do sertão!...
Ah, Montes Claros,
que fizeram de ti?
Dói-me o peito
a lembrar serenatas
e seresteiros e poetas
que hoje vivem
em nossa saudade...
Montes Claros das marujadas
e das canções de outrora...
De homens valorosos
que derramam, hoje, 
lembranças calorosas...
Montes Claros de claros montes, 
ar tão puro e cheio de calor...
Dos velhos quintais
e seus pomares
cheios de mangueiras,
seriguelas e cajueiros...
De gente honesta e trabalhadora...
Daquela pequena cidade
em que todos eram amigos...
Minha querida  Montes Claros,
tu te tornas cada vez mais moça
e cosmopolita...
O progresso chegou
e só és menina 
em minha lembrança...
Montes Claros das procissões,
o povo de uma fé tão linda!...
Padre Dudu sempre lembrado
e tantos padres tão queridos!...
Meninas corajosas
a fundar uma faculdade,
onde talentos floresceram ...
A Igreja do Rosário,
do Bom Jesus e dos Morrinhos,
que belas canções inspiraram...
Tenho queixas de ti, ó Montes Claros,
mas te amo com todo ardor,
ó Princesa desse sertão!

SONHO DE APRENDIZ


Se ainda crio alvoradas,
acendo luzes,
vadio pela vida,
sempre encantada,
voo pelo universo
e alimento sonhos,
é porque minh'alma
ainda é de criança
e alimenta uma doce esperança
de manhãs luminosas...
Atendo o instante 
e me derramo em amor...
Sou gente apenas,
que cai e levanta,
a aprender o ritmo da vida...

terça-feira, 17 de junho de 2014

MÃE


 Ó Vestal da Vida,
és a guardiã sagrada
dos filhos que o Senhor
em tuas mãos confiou...
Em ti repousa
a esperança do mundo
e em ti mora
o mistério do Ser.
Em ti habita a esperança
da formação daqueles
que por Deus foram a ti confiados...
Teu coração deve ser ninho
como foi teu ventre.
Deves abrigar na tua ternura
os anseios de teu fruto.
Tu formarás o Homem
e serás o ideal de Mulher
que vai morar
no coração de teu filho.
Sê, pois, pura e santa!
 
 
 

domingo, 8 de junho de 2014

AMOR À VIDA


Epifanias,
sonhos, 
amores
e desamores,
encontros
e desencontros,
chegadas
e partidas...
Dores
e alegrias,
Gólgota
e Tabor...
De tudo é feito a Vida!
Nós a tecemos,
nós a rendamos...
Caímos e levantamos,
Tentamos, erramos
e aprendemos...
Vida, linda escola,
que nos enrola 
e desenrola...
Nos vira pelo avesso
e desvira...
Nos encanta,
e apaixona,
com seus desertos
e abismos!
Como te amo, ó Vida!

sábado, 24 de maio de 2014

QUINTAIS DE ANTIGAMENTE


No quintal,
a balbúrdia das crianças,
que brincam
em franca alegria.
Das bocas o sumo
das frutas maduras
escorre livre...
No alto das árvores, 
guerreiam 
com os frutos inacabados...
E seus risos límpidos
ecoam pelos ares,
puro êxtase da Vida...
No chão de terra,
os brinquedos mortos
a esperar que seus donos
volvam a eles 
para fazê-los bonitos.
A pouca roupa 
já se confunde
com a cor da terra...
E a voz da mãe
que grita,
chamando ao banho
para o almoço:
pura delícia!
E a boneca,
os carrinhos,
os baldes,
as pás
e até o cachorro
no chão esquecidos...
Mais alto ainda
grita a gula,
na doce espera
da comida 
mais gostosa do mundo!...

sexta-feira, 23 de maio de 2014

AMOR DIVINO

O mundo gira,
o tempo passa...
Da vida a graça
ninguém me tira...
Amor, saudade,
dor e felicidade
são a teia do tempo...
E eu teço a vida,
sem medo e bebo a taça
de amor que embriaga:
o amor de Deus,
que me acolhe e abraça!

terça-feira, 13 de maio de 2014

ESCOLHA




Dá-me, Senhor, o consolo
de teu amoroso colo!
Sana-me as feridas
que ficaram da vida!
Descortina-me um novo horizonte
E a eternidade de um paraíso sem fim...
Permita que eu navegue pelas estrelas
E distribua esse amor sem poente.
Leva-me pelas galáxias,
Abraça-me, senhor, enfim...
E aponta-me
não como a ovelha perdida,
mas como um' alma escolhida
pela fé inabalável
e pela renovada esperança
de um eterno coração de criança!...

quinta-feira, 8 de maio de 2014

SOLIDARIEDADE



A noite da dor
somente o amor
pode apagar.
No caminho da solidão
somente uma outra mão
pode aliviar..
No momento da saudade
somente um abraço amigo
pode o desejo de felicidade
então despertar...
Não é fácil a Vida,
porém muita beleza
podemos encontrar...
Saia de si,
olhe o outro,
entregue-lhe o coração,
não tenha medo
de se jogar!

terça-feira, 29 de abril de 2014

SILÊNCIO


São mudos o nadir e o zênite.
Não há verso que possa exprimir
as grandes altitudes
e os profundos abismos
que vivem dentro do homem...
É num gesto mudo
e em mudos olhares
que a vida se contém,
o amor se comunica,
e ódio se deflagra
e o entendimento se faz.
Se meu instrumento é a palavra,
corro o risco
de não poder abrir a alma
e de não ser compreendido.
Mas, se tu amas,
terás ouvido a mensagem
no silêncio da noite,
no sileêncio de tua dor
e de tua solidão...
Mas, se não amas,
tu te perdeste
no turbilhão do mundo
e não poderás jamais
entender o silêncio do poeta!...

segunda-feira, 21 de abril de 2014

AMOR SEM FIM...

Na noite insone,
meu corpo inquieto,
hoje não mais desejado,
lembra, com saudade,
as carícias do passado...
Minha mente vagueia
por campos floridos,
onde teu amor enfeitava 
meu corpo que florescia
e minha alma que despertava...
Ah, amor, por onde andarás?
Em outras dimensões de mim lembrarás?
Acaso tu sentes essa imensa saudade
que me mata aos poucos
e me faz delirar
nessas noites sombrias?
Tu prometeste me amar
pela eternidade
e, às vezes, sorrateiramente,
sinto tua presença pelo meu quarto...
Será delírio?
Ou tu me visitas em noites insones
como um anjo a velar por mim?...


sexta-feira, 11 de abril de 2014

DESAMOR

O mundo em convulsão
e as pessoas com seus egos inflados
nem têm, às vezes, um coração,
que bata pelo outro preocupado...
Pobre ser humano,
fogueira de vaidades,
em suas tolas veleidades
esquece da vida a brevidade...
Se não há aprendizagem
e crescimento em humanidade,
terá sua vida perdida
e, logo, será esquecido...
Só vivem para sempre
os que semearam amor
e esses podem partir sem dor.
Porque o crepúsculo já´se anuncia
E já terminam as tarefas do dia...
Quem não fez de sua vida uma oração,
quem não propagou o Bem,
passou pela vida em vão...

quinta-feira, 27 de março de 2014

BOLHAS DE ESPUMA


Pensamentos,
sonhos, projetos,
ideias, sentimentos...
Tudo levado pelo tempo...
Frágeis criaturas
sempre surpreendidas
pelas armadilhas do destino.
Gargalhadas tão puras,
no rosto congeladas...
Dores sem sinos
a badalar,
nem notícias a se dar...
Pouco a pouco, 
antes do corpo,
a alma já teve 
sua morte decretada...
Destino de quem vive,
tragédia de ser pensante!...

MEU LIVRO DE POESIA

MEU LIVRO DE POESIA
MEU LIVRO DE POESIA