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ESPALHO POEMAS EM SEU CAMINHO COMO FLORES PARA OFERECER-LHE MAIS BELEZA

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

QUIMERAS


Poucos beijos
Eu me lembro
Deixaram-me assim
Saudosa e tonta
Antecipando auroras
Com promessas de alegria
E ares de primavera...
Hoje os beijos se tornaram
Sangue e cinzas
A doer-me na alma 
E as madrugadas
Se transformaram
Em frio e solidão...
Nua me deito e espero
Por outros beijos
que janais virão...
E entre a noite e o desejo
Um amargo sabor de quimeras...

domingo, 26 de novembro de 2017


A fruta madura
cai do pé.
O homem de fé
não se prende a ritos
nem mitos,
mas se liga a Deus
no sacrário da alma.

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

SONHO


Nessa noite sonhei contigo
Tu me beijavas
E eu estremecia
E o coração vadio
Disparado em meu peito
Longos caminhos percorria
Caminhos de estrelas e fantasias
Onde eu podia descansar
Em teu peito
E abraçada a ti, entregar-me inteira
Num êxtase de amor!

terça-feira, 12 de setembro de 2017

CHAMADO



Na noite que me embrulha
E na saudade que me atordoa
Ainda grito:
Dá-me sua mão,
Caminha comigo,
Não me deixa só!
Sinta os abrolhos e espinhos
Que se espalham pelo caminho
E se aconchegue a mim
Ouve as batidas de meu coração
Veja como nele ainda cochila a poesia
Prenúncio de muita alegria
Pois, mesmo na dor,
Sempre existe uma aurora
E a esperança de um novo amor.

domingo, 10 de setembro de 2017

NA DOR...






Na dor somente me abrace
Não fale!
Há momentos em que as palavras
Se tornam vazias
O silêncio caridoso
É na dor uma canção...
Me abrace com ternura,
Pois sabes que na alma,
Nesse instante, tenho fraturas.
Deixa que tua lágrima
À minha se misture
E nesse rio de amor
Seremos um só coração!

domingo, 3 de setembro de 2017

PASSAGEM







Folhas secas pelo chão
E novas sementes a germinar
Abelhas e borboletas 
Voluteando as flores
E pássaros a cantar
Poemas nascendo
E gente morrendo...
Coração sangrando
E crianças a brincar
Vida brotando
E morte chegando...

sábado, 2 de setembro de 2017

CANSAÇO


Olhos secos
De quem esgotou todo o pranto
Pés sangrando
De quem caminhou todos os caminhos
Lábios cerrados
De quem já gritou todo o amor,
Toda busca, toda revolta
Ouvidos moucos
De quem escutou todas as mentiras
Mãos inertes
De quem já fez todos os gestos
Coração cansado
De quem se entregou sempre
E encontrou apenas couraças e máscaras
De gente com medo da vida...

domingo, 27 de agosto de 2017

O ARCO-ÍRIS DA ALEGRIA



 Alegria tem cor?
Tem sim senhor!
Tem todas as cores
Do arco-íris
É festa, é dança
Do coração
Tem cheiro e sabor
E é dom, é presente
De nosso Criador
É alma contente
Plena de amor
É pura doação!
Alegria tem cor?
Ora, meu senhor,
Experimente sentir

E de cores há de se vestir!

sábado, 26 de agosto de 2017

MUNDO AGONIZANTE


O mundo agoniza
Aí estão os seus estertores e esgares
Olhos vidrados contemplando
Um amanhã que talvez viva 
Apenas na sua esperança...
As lágrimas a correr dos olhos
Dos injustiçados, dos humilhados,
dos famintos e incompreendidos...
Lágrimas de quem caminha
Sem saber pra onde
Lágrimas de todos aqueles
Que vivem adiante de seu tempo
E, por isso, são queimados,
Crucificados e esquartejados.
Ei-los separados na vida e na morte
Num mundo triste e convulsionado
Onde os rebeldes são proscritos
E é vergonhosa a nudez e a diferença
O amor uma fraqueza,
A esperança um delito...

sábado, 19 de agosto de 2017

MEU CAMINHO


Cardos feriram meus pés
E o sangue floriu a estrada
Em gotas de dor
Amanheci e anoiteci
Encontrei o silêncio dos muros,
Mas nunca faltou-me a fé
Cortaram-me os passos
Em áridos labirintos
Pedras esquecidas e ervas rasteiras
De meu caminho foram os traços
E em meu sorriso
Tornaram-se besteiras
E no coração calou-se  o amor!

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

AGONIA DE UM AMOR


Flutuando entre o tempo e o espaço
No instante do tempo que passa
Na ilusão das demoras e dos gestos
Minha alma sem guarida
E de espuma vestida
Na ausência que afaga meu corpo
A rasgada agonia sem fim
Recolhe os destroços de mim
E no ventre da noite
Vestida de amargura
E com a alma ferida
Em lugares desabitados de meu ser
Morre um amor no regaço da ternura
E no silêncio crepuscular

Do lago sombrio de meu anoitecer...

terça-feira, 15 de agosto de 2017

ESPERA


Namorando estrelas
E colhendo flores
A mulher espera...
Passeia por vales
e desce a abismos
Navega por mares estranhos
E aporta em cais desconhecido
Mas, ela espera...
Em dias de antanho
Ele veio sem cismas
E, agora, em outra esfera,
Talvez adormecido...
Mas, ela espera,
Pois sabe que o amor
É soberano
Os dias passam,
O vento sopra
Do altiplano...
Um dia, o encontro
Haverá de ser..

ETERNO SONHO

O sonho não morre nunca...

Preso às galés e às galhetas,
O homem ainda voa como Ícaro
Em direção ao sol
E ao despedaçar-se na terra
Ainda sobrevive 
E dança como o tangará
E plaina como o albatroz...
E no ergástulo da sepultura
O epitáfio: "Para tão grande amor,
 tão curta a vida!"...
Na calada da noite dos séculos,
Sob as ordens dos que se consideram
Donos da verdade e da justiça,
O cutelo abate inocentes
Cujo crime foi abraçar uma ideia
E sonhar o sonho mais enlouquecido
Da Liberdade...

sábado, 12 de agosto de 2017

HOMENS ENCARCERADOS

Que estranho medo domina
Os homens de alma pequena!
Medo da vida surpreendente e bela,
Que explode em alegria e dor...
Medo dos sentimentos,
Das emoções, dos ímpetos
Que vêm da alma e do corpo,
Amálgama sublime, espelho do Criador...
Que estranho medo da Natureza, sua irmã,
Dos outros homens que apenas caminham 
Pelos mesmos atalhos...
Medo da doença, do fracasso, dos cochichos,
Da própria teia que tece a vida...
Medo da morte, anjo bendito,
Que nos retira do útero
E nos lança no Infinito...
Por que esses homens,
Cheios de medo,
Criam prisões para si
E se debatem nas grades
Como pássaros feridos?
Por que desejam também
Encarcerar os irmãos
E temem tanto os homens rebeldes?
Por que falam em democracia
Se ensinam nos lares e escolas
O arbítrio, a prepotência e a hipocrisia?
Que estranho medo da Liberdade,
Que os faria viver sem escoras e muletas 
A extraordinária aventura da vida!


sábado, 5 de agosto de 2017

INJUSTIÇA



Passagens sem retorno
pelas paragens de nós mesmos,
rios de mistérios
grávidos de sonhos...
Pedras no caminho
doendo os pés
e tentando sorrir
de novo e tanto
que a alma gelada
já nem sabe o  quanto
do alento em pranto.
Látegos invisíveis
clamando a Deus
na desesperança
e na ansiedade.
Bem antes da vida a morte
que ostenta em olhos vazios,
rostos pálidos 
e corpos esquálidos
o poder e o desamor de tantos...

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

CANTO DA LIBERDADE


Tomai o saltério,
a harpa e o alaúde!
Tocai a trombeta 
e fazei do vento
o vosso mensageiro.
Os obreiros da iniquidade
estão mortos.
A noite de vossa agonia
está finda.
Eis que surge o esperado dia
da Liberdade!
Já não andareis
pelas veredas tristes
da escuridão.
Sois, agora, o Homem
na plenitude de sua Criação.
Os vossos ais e as vossas preces
foram ouvidos.
A sombria chama
apagou-se de vez.
Os andarilhos cansados
chegam, finalmente, ao Cais.
Benditos sejam!

MEU CAMINHO


Meu corpo bebeu toda a tristeza
Até gerar o pranto...
Minh'alma incendiou-se de alegria
Até explodir em Vida...
Sou deus e sou nada,
Sou terra, semente,
Pequena, grande,
Paradoxal, incoerente.
Mas, meus pés pisam
Sobre as folhas secas do caminho
Há muito perdido
Nas brumas do Tempo,
Palmilhado por todos
Os andarilhos dos sonhos.
Me curo, então, de todas as feridas
E me abrigo pra sempre
Nos braços do Eterno.

domingo, 30 de julho de 2017

ANGÚSTIA DE POETA


Como não falar de dor
Diante de caminhos pedregosos?
Como não falar de amor
Em noites enluaradas?
E de alegria diante de ventres prenhes
E casais apaixonados?
Vida que maltrata e entorta,
Que desperta e espanta
Nos torce e vomita
Nos remete ao infinito
E nos joga no lixo.
Mistérios intrigantes
Base de filosofias
Beleza tanta que cria a Poesia.

terça-feira, 13 de junho de 2017

A TRAGÉDIA DA VIDA


Navegando por entre estrelas,
Recriam o amanhecer,
Transmudam-se em ais
Afetos, dores e paixões...
Apelos, assombro, espanto
Ou apenas a coragem da vida?...
No eterno espaço 
Do dentro de nós mesmos,
No desespero do incerto
E na certeza da morte,
Vamos assim buscando a sorte
No encanto e desencanto
De quem nada pode fazer
Senão viver...

sábado, 10 de junho de 2017

SONHADORES DO CAMINHO


O amor repetido, 
as insônias, a fome, o grito:
caminhos de quem sonha...
Na palavra que fere,
no poema- navalha,
o desejo que agride e perdoa.
À sombra de nós mesmos,
a Verdade derramando utopias,
orvalhando os olhos,
ferindo a carne.
Sonhos-estilhaços
e a amarga missão 
de reconstruí-los
dia após dia.
Reinventando o amor, 
a esperança e a alegria...
Insistentes refazendo
o efêmero e o eterno...

quinta-feira, 8 de junho de 2017

SONHO E AGONIA


Mil anos de sofrida espera,
Noites escuras de solidão,
Suspiros entre o silêncio
E os gritos da incompreensão.
Tempos de angústia e mãos vazias,
Ausências, sonhos e olhos vazados...
Um soluço de vida.
Um grito de esperança,
E o amargo do Tempo
Calando na alma
dor da ternura nos dando asas.
Uma imagem daquele que é
Ideal iluminado de liberdade.
Buscado eternamente
Sem cansaço e desalento...

quarta-feira, 19 de abril de 2017

TRISTEZA

Caminhos trilhados,
Folhas pisadas,
Dores sentidas,
Tempos vividos,
Saudade doída.
Ventos de outono,
Noites sem sono,
Cama vazia,
Triste solidão.
Poesia triste
De um triste coração.
E o silêncio se abate
Na noite quieta.
Ao longe os trinados
De pássaros tristes

E gemidos loucos
De tristes poetas.
..

SONATA DA ESPERA


Amor, eu te espero
Com a ansiedade
De uma criança,
Que desconhece
Tempo e espaço,
E tem com a vida uma aliança.
Enquanto brinca feliz no paço...
Ah, amor, por quê não vens?
Não sabes de minhas dores
E desse caminho
Em que semeio flores
Para que um dia por ele passes?
Não sabes que te conheço em sonhos
E que toda noite
O vento como um açoite
Sussurra teu nome
Assim como a brisa
Que vem das montanhas?...
A juventude já se foi
E continuo a esperar-te,
Com esperança tamanha...
Quem sabe lerás meus versos
E sentirás que a vida
Não espera e nem tem piedade
Dos amantes?
Neste caminho por que vou
Tudo é tão incerto,
Mas sei que estás por perto...
E não tenho medo
e nem segredos,
pois meu coração é de criança.

DESERTOS


Por este caminho
Entre pedras, ventanias e tempestades
Caminho sozinha
Sem sonhos e fantasias...
Faltam-me muitas vezes
Amor e carinho.
Um ombro amigo
Que possa me acolher...
A solidão às vezes pesa tanto
Que tudo em mim se torna pranto.
É um deserto que devo enfrentar,
O avesso de mim que só Deus conhece,
É um oceano em que tenho
Que mergulhar
Para encontrar o meu eu verdadeiro.
Nesta áspera caminhada
Da vida aprendo os segredos
E perco todos os medos
Que marcaram minha infância
E juventude.
Hoje sei armar o veleiro
E navegar como é preciso.
E sei que a felicidade
Não depende de amor algum
Ela está dentro de mim
E ninguém me pode roubá-la
Pois só eu mesma
Sou dona do meu ser.
Mas, o amor que me deixou,
Como uma lâmina impiedosa,
Implantou em mim a eterna saudade..
Forças que desconheço
Teceram nosso triste destino
De viver sempre no deserto...

PENA DO AMOR PERDIDO



Não é esta a noite
E nem este o rosto....
São outros olhos
Que me olham
Com ternura e medo...
É uma outra boca
Que inventa
Palavras novas...
São outras mãos
Que buscam
A linguagem de meu corpo.
Não é esse tédio...
Mas a alegria do encontro
Não é essa a noite !
É aquela em que esgotei
Toda a vida.
Não é esse o amor
Que deixei perder
E não são essas
As lágrimas de encantamento !
Mas, é esta, decerto
A minha pena...

quinta-feira, 30 de março de 2017

ESTATURA


Na poeira do Cosmo
o meu planeta,
plasmado nos séculos,
cadinho de dor,
trabalha silente
em circunvoluções:
palco humilde
de nossas vidas,
instrumento precioso
de nosso trabalho,
guarda em seu seio
o toque carinhoso
de Mãos Divinas.
Intriga e deslumbra
aquele que foi
gerado pelo Amor;
fagulha minúscula 
da Eterna Fogueira,
que, no seu orgulho,
se julga senhor!

quarta-feira, 22 de março de 2017

OUTONO

Chuva leve na vidraça,
folhas e flores no chão
Vento fazendo pirraça:
Natureza que se despe
sem pudor e com tesão
O velho a se renovar
Com o vazio abrindo espaço
para o novo adentrar...
Daí a pouco a hibernação
Para tudo explodir em cores
É o apelo e a roda da Vida
Com todos os seus amores... 


terça-feira, 14 de março de 2017

NO PIÃO DA VIDA



Em sonhos sigo à frente
Com a alma nua e despudorada
Em eternos combates
Com a frieza do mundo
O pião girando impiedoso
Na dança da vida atado
A dor me abate
Mas a ânsia de viver continua...
Gira pião, gira!
E eu tonta de amor
Sou levada ao acaso...
Também vou nessa dança
Mesmo sem par.
Como uma cigana livre
Bailo e giro tal qual o pião...
Assim vou levando a vida
Aos tropeços, seguindo a canção.

quinta-feira, 9 de março de 2017

VELHICE


Vergada pelos anos
Num monólogo triste
Ela busca lembranças
Que a confortem
Mas o Tempo
Como um vento
Que a tudo varre
Desvanece-lhe as imagens...
E o soluço sufocante
Fecha-lhe a garganta.
A solidão pesa e tortura
E só Deus pode ouvir
Seus gemidos presos no peito
Vai longe o berço que embalava
E os sonhos por quê lutava...
Hoje, apenas essa velha
Que caminha devagar
Em direção a um futuro
Que não existe aqui...

domingo, 5 de março de 2017

DOR



Esse frio na alma
Esse punhal na carne
Esse tormento que me consome
Essa noite que não termina
Esse veneno no sangue
Essa doença que contamina
Essa solidão tristonha
Esse vento sem rumo
Esse barco sem cais
Essa tempestade que aterroriza
Esse buraco sem fundo
É a dor medonha
De sua ausência
Que espanto com meus ais...

quinta-feira, 2 de março de 2017

DESILUSÃO


Já não acredito em paixões
Que incendeiam o corpo
Toldam a mente
Ardem na veia
Guiam-nos sem peia.
Nada são senão ilusões.
Meus sonhos e utopias
foram morrendo pelo caminho...
O amor é o que me guia
Por desertos afora...


sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

INVERNO DE MIM MESMA

Sou um baú de lembranças
E um poço de saudade.
Sou uma velha-menina
Com seus sonhos envelhecidos
Caminhando de novo
Por tempos já idos.
Sou o exílio de mim mesma
Buscando portos que não existem
Tendo que viver
Sem nunca encontrar o porquê...

MEU LIVRO DE POESIA

MEU LIVRO DE POESIA
MEU LIVRO DE POESIA