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ESPALHO POEMAS EM SEU CAMINHO COMO FLORES PARA OFERECER-LHE MAIS BELEZA

domingo, 26 de janeiro de 2014

VIDA QUE TE QUERO...




Sou como os ipês
Que florescem
Em qualquer estação.
Infância e mocidade
Já longe se vão.
Vejo no espelho
Um rosto que desconheço
E uma grande saudade
Toma todo o meu ser...
Sou ainda a menina
Cheia de sonhos e ilusão.
Vejo pessoas queridas
Que cá não mais estão
Vejo belas primaveras
De alegria e renovação
Vejo amores perdidos
E tristes invernos
De dura provação.
Dor e felicidade
Sempre lado a lado
E pedras no caminho
Que só me fizeram crescer.
E dentro de mim
Uma eterna canção:
Canta a esperança
Que inda grita
Em meu coração.
A canção que me embala
E dentro de mim se cala
Leva-me ao encontro bendito
Da essência de meu ser...
Sou hoje consciente
De defeitos e saber.
Ando solta pela vida
Com alegria e prazer.
Pescando sonhos
Nas curvas do mundo
E nos desvãos da memória.
No coração o amor não passa
E do pássaro toda a graça
Levo em voos incertos
No azul do Infinito...
No eterno espaço
De mim mesma
E na certeza da morte
Ainda busco o encanto
Da sorte
De quem nada pode fazer

Senão viver...

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

HERANÇA

Venho de um mundo
convulsionado e triste,
envolto na teia do ódio
e da ambição...
Herdei uma terra esgotada
E regada pelo sangue...
Mas, eu não quero
que outros herdem 
um mundo mais triste!
Por isso, hei de crer e lutar
ao lado dos fortes,
que revolvem a terra
com a esperança, 
a fé e o amor!

domingo, 19 de janeiro de 2014

MAL DE AMOR




Que sabes de solidão?
Acaso conheces a terra
De meu coração?
Que te importa
Se a noite é vazia
E tua ausência
É um grito sufocado
Em meu peito?...
Que te importa
Se meus gestos
São lentos,
Semelhantes à catatonia
De alguém que sofre 
de um mal sem cura?...
O tempo passou...
Por várias veredas andei,
Debaixo de chuva e de sol,
Longe ou perto,
Sempre contigo
Em minha carne
Encravado
Tudo vivenciei...
Te trazendo em minh’alma
Como doce lembrança...
Ah, amor, como quisera
Que, pelo menos,
Mais uma vez,
Por meu caminho cruzasses
Que pudesses olhar
Meus olhos tristes,
Mas de um sentimento
Tão profundo de esperança...
Volta o verão,
As estações se vão
E eu, querendo
Voltar no tempo
Para a única noite
Em que, em teus braços,
Sentindo teus lábios,
Pude ser deveras feliz...


quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

MEU AMOR




Meu amor é tanto
e quanto,
fogueira ardente,
que me consome!...
Calor intenso
de um coração aberto...
Amor sem medo
e sem culpa, 
burilado pelo tempo
e pela dor...

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

VIDA


Vida triste,
vida alegre,
vida louca...
Vida breve 
de caminhos
e descaminhos,
sonhos e pesadelos...
Vida de magia,
encantos, mistérios,
cores, sons e perfumes.
Vida de amor e desamor,
de luxo e sarjeta...
De guerras fúteis
De gente tola e burra,
que cria jaulas para si,
com medo da própria vida...
Vida de gente apedrejada
porque sonha viver em plenitude...
De omissões, descasos e violência...
Vida de ditadores e ditaduras,
de cortes, reis,
princesas e escravos...
Vida de fausto e brilho,
de plumas e paetês...
De carnavais e despedidas.
De sol ardente,
chuva mansa
batendo na janela,
crianças gargalhando
ao arrepio do balanço...
Vida de jovens impetuosos
que ousam crer num amanhã...
De velhos sábios e cansados,
que desejam apenas
viver mais um pouco...
Vida de grama verde
 e dourados trigais.
de enchentes,  maremotos
e terremotos.
De gente que se entrega,
com o coração cantando,
e gente que se fecha no egoismo
e ostracismo...
Vida linda!
Vida feia!
Vida louca!
Tem até rosas, orquídeas
e damas-da-noite!...
Pássaros cantando
na madrugada,
brisa cálida e água tépida
a relaxar os pés cansados
e doloridos
dos caminhos todos da Vida...

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

BUSCA







Na noite escura da solidão,
mil olhos esgazeados
buscam outros olhos
mansos, ardentes e ternos...
Mil lábios querendo sorrir
e engolindo lágrimas,
buscam a carícia de outros lábios...
Mãos pendentes  esperando apoiar-se
em outras mãos,
e um'alma aguardando abrigar-se
em outra alma...
Mas, as portas se fecharam
e as almas foram escorraçadas
e, no desentendimento,
os gestos se perderam
e os amores se tornaram descartáveis...
E a pesada solidão
 tenta dissipar-se
numa mentira piedosa...


quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

EXÓRDIO




Busco em vão
a forma de meu poema...
Sofro por não conseguir,
nesse momento,
externar meu mundo interior...
Penso em teus olhos tristes,
lembro nossos breves encontros,
medito nesse amor infinito...
E, embora sinta nisso
a própria poesia,
as palavras me faltam, 
Penso nas sombras que desfilam
pelo caminho de meu passado...
Naqueles que ontem eram
e hoje já não são...
Lembro aquela criança triste
sentada na calçada...
Vejo numa estrada longa
vultos que se atropelam,
numa corrida louca,
não sei para onde e nem porquê...
Sinto a doçura daquele sorriso,
a amargura desse pranto,
a felicidade dos felizes 
e a tristeza dos desgraçados...
Contemplo a aurora e o crepúsculo,
o orvalho e a chuva, 
a dança dos astros,
o ir e vir das estações...
A vida, o ser humano, a Natureza,
um mundo inesgotável de poesia!...
E eu, pobre criatura,
ainda medito 
na forma de meu poema...

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

FÊNIX


Onde está a poesia 
que vivia em mim?
Acaso envelhece
o meu coração?
Deixo de ser águia
em voos livres
para os altos picos
e torno-me canário
em gaiola de ouro?
Estou acaso tão comprometida
com uma estrutura falida
que já não sei usar meu verso
pra gritar o meu protesto?
Mas de que vale o homem
sem a poesia?...
Ah, eu me rebelo!
Minha vida não pode 
estar perdida...
Sinto, porém, que ela não morreu:
está bem viva 
nos subterrâneos
de meu ser!
Ei-la sacudindo as fibras
de minh'alma
e criando esse momento, 
ao embalo do Amor,
milagre que se renova
e renasce como a Fênix
das cinzas da amargura
e da dor!...

domingo, 5 de janeiro de 2014

EM TEMPO DE FELICIDADE

Há festa por aí:
Talvez em toda natureza
ou talvez dentro de mim...
Sei, apenas que,
de repente,
o inverno deu lugar
à primavera.
E surgiu essa noite assim,
com bafo de verão,
iluminada de mil luzes
perfumada de mil essências...
Parece-me ouvir vozes alegres
de crianças,
gritos, cantos, assovios,
uma música doida
a festejar alguma coisa,
num ritmo alucinado.
Tudo cheio de gala,
tudo esbanjando beleza,
tudo cheirando vida!
Sinto-me criança
em noite de Natal...
Pura expectativa
de presentes,
de castanhas,
de Missa do Galo...
Sinto-me menina-moça
a usar o primeiro salto,
a sonhar com o primeiro beijo...
Há festa por aí...
Há festa em tudo...
Estão comemorando
alguma coisa formidável!
A natureza caprichou,
esta noite,
em cores,
em sons,
em luzes...
Embelezou-se demais,
como moça em dia de casamento.
Assisto deslumbrada
com o coração desejando
arrebentar-se em uma obra prima...
Vontade de expandir-me
na argila, numa tela,
em notas musicais...
De comunicar essa ternura,
de transportar o meu ritmo,
ânsia de gritar o meu hino.
Há festa sim!
Há festa em tudo
porque você chegou!...

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

PLENITUDE


Venho cansada
de tantos caminhos...
Tantos os tropeços,
tantos os espinhos...
E, em teu olhar,
em teu sorriso,
em teu afeto,
a paz que procurei.
E, esgotada, ferida, feliz,
pude chegar até a ti,
pude entregar-te,
ainda intacta,
a ternura que esbanjei!

MEU LIVRO DE POESIA

MEU LIVRO DE POESIA
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