Que estranho medo domina
Os homens de alma pequena!
Medo da vida surpreendente e bela,
Que explode em alegria e dor...
Medo dos sentimentos,
Das emoções, dos ímpetos
Que vêm da alma e do corpo,
Amálgama sublime, espelho do Criador...
Que estranho medo da Natureza, sua irmã,
Dos outros homens que apenas caminham
Pelos mesmos atalhos...
Medo da doença, do fracasso, dos cochichos,
Da própria teia que tece a vida...
Medo da morte, anjo bendito,
Que nos retira do útero
E nos lança no Infinito...
Por que esses homens,
Cheios de medo,
Criam prisões para si
E se debatem nas grades
Como pássaros feridos?
Por que desejam também
Encarcerar os irmãos
E temem tanto os homens rebeldes?
Por que falam em democracia
Se ensinam nos lares e escolas
O arbítrio, a prepotência e a hipocrisia?
Que estranho medo da Liberdade,
Que os faria viver sem escoras e muletas
A extraordinária aventura da vida!
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