quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
EXÓRDIO
Busco em vão
a forma de meu poema...
Sofro por não conseguir,
nesse momento,
externar meu mundo interior...
Penso em teus olhos tristes,
lembro nossos breves encontros,
medito nesse amor infinito...
E, embora sinta nisso
a própria poesia,
as palavras me faltam,
Penso nas sombras que desfilam
pelo caminho de meu passado...
Naqueles que ontem eram
e hoje já não são...
Lembro aquela criança triste
sentada na calçada...
Vejo numa estrada longa
vultos que se atropelam,
numa corrida louca,
não sei para onde e nem porquê...
Sinto a doçura daquele sorriso,
a amargura desse pranto,
a felicidade dos felizes
e a tristeza dos desgraçados...
Contemplo a aurora e o crepúsculo,
o orvalho e a chuva,
a dança dos astros,
o ir e vir das estações...
A vida, o ser humano, a Natureza,
um mundo inesgotável de poesia!...
E eu, pobre criatura,
ainda medito
na forma de meu poema...
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