Ah, o ódio e o medo
de todas as portas
e janelas fechadas;
de todos os muros
e todas as cercas...
Somente o sonho,
hoje sonhado,
há de abrir todas as portas
e romper as mil correntes.
O amanhã virá,
fugir não é para o Homem,
águia pronta
para os altos picos...
O amanhã será
a maré que baixa,
a maré que sobe,
os olhos que riem e choram,
o coração que lembra e esquece...
Será talvez a fome,
a saciedade,
a pureza
ou a degradação...
Será o mundo de guerra
ou de paz,
talvez a síntese,
depois da antítese...
O amanhã virá:
será talvez a vida,
talvez a morte...
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